Escritora ganha prêmio e depois revela que usou o ChatGPT

Ghostwriter Generativo?

Mãos robóticas digitando em um teclado iluminado pela luz intensa de um monitor, simbolizando a interação entre inteligência artificial e criação humana.

A escritora japonesa Rie Kudan ganhou destaque esta semana ao conquistar o Prêmio Akutagawa, um dos mais importantes reconhecimentos literários do Japão, e logo depois surpreendeu a todos ao revelar o uso de inteligência artificial durante o processo criativo do romance premiado, “The Tokyo Tower of Sympathy” .

Durante a cerimônia de premiação, ocorrida na quarta-feira, Kudan declarou abertamente que utilizou ativamente o ChatGPT, afirmando que cerca de 5% da obra foi produzida diretamente pela ferramenta. A revelação gerou debates intensos sobre os limites éticos e criativos do uso da tecnologia na literatura contemporânea.

Ambientado em um futuro próximo alternativo, o romance narra a história de Sara Makina, uma arquiteta, e Takuto, jovem responsável por escrever sua biografia, em um contexto no qual a inteligência artificial ocupa papel central na sociedade. Curiosamente, a obra reflete a própria experiência da autora com a tecnologia durante sua escrita.

Jurados do prêmio elogiaram intensamente o romance antes de saberem do uso da IA, com um deles inclusive descrevendo o trabalho como “impecável”. Contudo, a notícia de que partes da narrativa eram resultado da colaboração entre a autora e o ChatGPT trouxe questionamentos sobre originalidade e autoria na arte.

Julio Cesar

Julio Cesar

Julio Cesar, analista SEO de Goiás, usa inteligência artificial para otimizar processos e impulsionar resultados. Apaixonado por tecnologia e viagens, trabalha de onde estiver.

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